Boa tarde gente. A uns dois dias atrás eu disse no twitter que estava me preparando para resenhar Living Dead Girl de Elizabeth Scott e A Mulher do Viajante do Tempo de Audrey Niffenegger. Ontem eu estava escrevendo a resenha de Living Dead Girl, mas como era tarde tive que parar, mas hoje consegui completa-la de uma maneira "decente". Espero que gostem da resenha.
Sinopse:
Era uma vez, eu era uma menininha que desapareceu.
Era uma vez, o meu nome não era Alice.
Era uma vez, eu não sabia como tinha sorte.
Quando Alice tinha dez anos, Ray levou-a de sua família, seus amigos ― a sua vida. Ela aprendeu a desistir de todo o poder, para suportar toda a dor. Ela esperou que o pesadelo acabasse.
Alice agora tem quinze e Ray ainda a tem, mas ele fala mais e mais da sua morte. Ele não sabe é o que ela anseia. Ela não sabe que ele tem algo mais assustador do que a morte em mente para ela.
Esta é a história de Alice. É uma que você nunca ouviu falar, e que você nunca, jamais esquecerá.
Resenha:
“Eu tinha sorte e não sabia”. Depois de ler essa frase mil vezes em Living Dead Girl , você fará igual a Alice e começará a se perguntar a mesma coisa. É assim que eu me sinto depois de ter lido o livro de Elizabeth Scott. Se eu fosse apontar alguns livros que marcaram 2010 para mim, Living Dead Girl estaria em 1º lugar, empatado com Orgulho e Preconceito de Jane Austen.
Eu normalmente sou conhecida por ler muito sobrenatural. Hoje mesmo as minhas colegas se espantaram quando eu disse de onde vinha o nome da bala Lilith – Lilith para quem não sabe é a rainha das Sucubos, demônios femininos que sugam a vitalidade dos homens com o prazer. Mas eu também sou uma viciada em dramas. Eu tenho essa dupla face, de um lado, a veia correndo solta na adrenalina das aventuras sobrenaturais, e do outro a vida parada, absorvendo cada detalhe das desgraças que acontecem nos outros. Um exemplo desse meu lado mais humano é a fanfic Nobody’s Home. Mas eu não estou aqui para falar sobre meus gostos literários e sim do livro de Elizabeth Scott.
Quem acompanha noticiários – e até quem não acompanha – já deve ter ouvido falar de vários casos de homens que sequestram meninas e as fazem de escravas sexuais. Alice é um desses casos. Ela foi sequestrada aos 10 anos por Ray e nunca conseguiu sair das garras dele.
Se você é uma daquelas pessoas que se embolaram todas na narração de Wake, desista de tentar Living Dead Girl, esse é o livro com a narração mais confusa de todos os tempos. Mas se você, assim como eu, suporta tudo quanto é narração escrota – exemplo: os “cês” de Strange Angels que as pessoas estão reclamando – siga em frente, mas cuidado para não cair em uma depressão profunda. Pois o livro é mesmo um drama pesado.
A historia de Alice é mesmo uma historia triste. No seu aniversário de 10 anos ela vai toda feliz com a escola a um zoológico. E fica olhando alguns animais distraidamente e um homem – Ray – diz que os outros colegas dela estão na seção de cinema e que é para ela o seguir. É ai que Alice perde todas as chances de ser uma criança normal, comum e feliz. É ai que Alice perde a vida.
Ray é um homem completamente louco. Ele sofreu muito na mão da mãe quando criança e adolescente e por isso totalmente psicótico. Ele seqüestrou Alice e a maltrata. Ele diz gostar de crianças e que elas não cresçam, ou seja, ele deixa a Alice morrer de fome, com apenas um iogurte por dia – isto é, nos dias que ele está de bom humor –, manda ela para uma clínica estética para se depilar a cada 15 dias entre outras coisas. E Alice não pode reclamar, pois se não as pessoas em Shady Pines (os pais dela) iriam pagar.
Segundo Alice, antes dela ouve “outra Alice” e Ray a matou aos 15 anos. E agora Alice vê Ray falando mais e mais em sua morte. É quando Ray decide que quer outra Alice que a Alice vê sua chance de fuga.
Esse não é um livro feliz, e está longe disso. Elizabeth Scott nos mostrou um lado da vida que infelizmente é real. Sua escrita nos faz aprofundar cada vez mais nesse livro assustador. A historia de Alice – se é que esse é o seu nome verdadeiro – nos faz sentir pena e perguntar, “Mas por que você não fugiu?”. Mas com o tempo você descobre os motivos de Alice.
A narração é mesmo estranha, mas depois de alguns capítulos você se acostuma e no final percebe que conseguiu entender tudo. Living Dead Girl foi o livro que eu coloquei no Essa Semana #2 como Queria Ver No Brasil e sim, eu realmente queria poder ter esse livro aqui comigo. Eu o li no ebook em português mesmo, mas desejo ter o livro o mais urgente possível. A única coisa que me deixa triste é que o livro não tem continuação.
Poiison Giirl
Uau!
ResponderExcluirAmei, amei mesmo!
A escrita da Elizabeth é muito profunda, eu só li o LOVE YOU, HATE YOU, MISS YOU dela, mas adorei de verdade.
Este está na lista.
Adorei sua resenha, e seu blog é lindo!
Seguindo!
Ahhhh
ResponderExcluirmenina agora a editora Underworld vai lançar esse livro por aqui!
Parece mesmo mt intenso...
Não sei se posso ler algo assim
Aiiin, adorei essa resenha. Lá li um livro da autora e foi rapidamente para o topo dos melhores. Ela escreve realmente bem histórias que ninguém tem coragem de contar!
ResponderExcluirBeiijos
http://aoinfinitoealem.com/