7 de dezembro de 2010

Resenha: Living Dead Girl - Elizabeth Scott

Boa tarde gente. A uns dois dias atrás eu disse no twitter que estava me preparando para resenhar Living Dead Girl de Elizabeth Scott e A Mulher do Viajante do Tempo de Audrey Niffenegger. Ontem eu estava escrevendo a resenha de Living Dead Girl, mas como era tarde tive que parar, mas hoje consegui completa-la de uma maneira "decente". Espero que gostem da resenha.

Sinopse:

Era uma vez, eu era uma menininha que desapareceu.

Era uma vez, o meu nome não era Alice. 

Era uma vez, eu não sabia como tinha sorte. 

Quando Alice tinha dez anos, Ray levou-a de sua família, seus amigos ― a sua vida. Ela aprendeu a desistir de todo o poder, para suportar toda a dor. Ela esperou que o pesadelo acabasse. 

Alice agora tem quinze e Ray ainda a tem, mas ele fala mais e mais da sua morte. Ele não sabe é o que ela anseia. Ela não sabe que ele tem algo mais assustador do que a morte em mente para ela. 

Esta é a história de Alice. É uma que você nunca ouviu falar, e que você nunca, jamais esquecerá.

Resenha:

“Eu tinha sorte e não sabia”. Depois de ler essa frase mil vezes em Living Dead Girl, você fará igual a Alice e começará a se perguntar a mesma coisa. É assim que eu me sinto depois de ter lido o livro de Elizabeth Scott. Se eu fosse apontar alguns livros que marcaram 2010 para mim, Living Dead Girl estaria em 1º lugar, empatado com Orgulho e Preconceito de Jane Austen.


Eu normalmente sou conhecida por ler muito sobrenatural. Hoje mesmo as minhas colegas se espantaram quando eu disse de onde vinha o nome da bala Lilith – Lilith para quem não sabe é a rainha das Sucubos, demônios femininos que sugam a vitalidade dos homens com o prazer. Mas eu também sou uma viciada em dramas. Eu tenho essa dupla face, de um lado, a veia correndo solta na adrenalina das aventuras sobrenaturais, e do outro a vida parada, absorvendo cada detalhe das desgraças que acontecem nos outros. Um exemplo desse meu lado mais humano é a fanfic Nobody’s Home. Mas eu não estou aqui para falar sobre meus gostos literários e sim do livro de Elizabeth Scott.

Quem acompanha noticiários – e até quem não acompanha – já deve ter ouvido falar de vários casos de homens que sequestram meninas e as fazem de escravas sexuais. Alice é um desses casos. Ela foi sequestrada aos 10 anos por Ray e nunca conseguiu sair das garras dele.

Se você é uma daquelas pessoas que se embolaram todas na narração de Wake, desista de tentar Living Dead Girl, esse é o livro com a narração mais confusa de todos os tempos. Mas se você, assim como eu, suporta tudo quanto é narração escrota – exemplo: os “cês” de Strange Angels que as pessoas estão reclamando – siga em frente, mas cuidado para não cair em uma depressão profunda. Pois o livro é mesmo um drama pesado.

A historia de Alice é mesmo uma historia triste. No seu aniversário de 10 anos ela vai toda feliz com a escola a um zoológico. E fica olhando alguns animais distraidamente e um homem – Ray – diz que os outros colegas dela estão na seção de cinema e que é para ela o seguir. É ai que Alice perde todas as chances de ser uma criança normal, comum e feliz. É ai que Alice perde a vida.

Ray é um homem completamente louco. Ele sofreu muito na mão da mãe quando criança e adolescente e por isso totalmente psicótico. Ele seqüestrou Alice e a maltrata. Ele diz gostar de crianças e que elas não cresçam, ou seja, ele deixa a Alice morrer de fome, com apenas um iogurte por dia – isto é, nos dias que ele está de bom humor –, manda ela para uma clínica estética para se depilar a cada 15 dias entre outras coisas. E Alice não pode reclamar, pois se não as pessoas em Shady Pines (os pais dela) iriam pagar.

Segundo Alice, antes dela ouve “outra Alice” e Ray a matou aos 15 anos. E agora Alice vê Ray falando mais e mais em sua morte. É quando Ray decide que quer outra Alice que a Alice vê sua chance de fuga.

Esse não é um livro feliz, e está longe disso. Elizabeth Scott nos mostrou um lado da vida que infelizmente é real. Sua escrita nos faz aprofundar cada vez mais nesse livro assustador. A historia de Alice – se é que esse é o seu nome verdadeiro – nos faz sentir pena e perguntar, “Mas por que você não fugiu?”. Mas com o tempo você descobre os motivos de Alice.

A narração é mesmo estranha, mas depois de alguns capítulos você se acostuma e no final percebe que conseguiu entender tudo. Living Dead Girl foi o livro que eu coloquei no Essa Semana #2 como Queria Ver No Brasil e sim, eu realmente queria poder ter esse livro aqui comigo. Eu o li no ebook em português mesmo, mas desejo ter o livro o mais urgente possível. A única coisa que me deixa triste é que o livro não tem continuação.


Segunda Capa
Mais Detalhes
Compre
Skoob
Poiison Giirl

3 comentários:

  1. Uau!
    Amei, amei mesmo!
    A escrita da Elizabeth é muito profunda, eu só li o LOVE YOU, HATE YOU, MISS YOU dela, mas adorei de verdade.
    Este está na lista.
    Adorei sua resenha, e seu blog é lindo!
    Seguindo!

    ResponderExcluir
  2. Ahhhh
    menina agora a editora Underworld vai lançar esse livro por aqui!
    Parece mesmo mt intenso...
    Não sei se posso ler algo assim

    ResponderExcluir
  3. Aiiin, adorei essa resenha. Lá li um livro da autora e foi rapidamente para o topo dos melhores. Ela escreve realmente bem histórias que ninguém tem coragem de contar!

    Beiijos

    http://aoinfinitoealem.com/

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...