Henry sofre de um distúrbio genético raro. De tempos em tempos, seu relógio biológico dá uma guinada para frente ou para trás, e ele se vê viajando no tempo, levado a momentos emocionalmente importantes de sua vida tanto no passado quanto no futuro. Causados por acontecimentos estressantes, os deslocamentos são imprevisíveis e Henry é incapaz de controlá-los. A cada viagem, ele tem uma idade diferente e precisa se readaptar mais uma vez à própria vida. E Clare, para quem o tempo passa normalmente, tem de aprender a conviver com a ausência de Henry e com o caráter inusitado de sua relação.
Resenha:
A Mulher do Viajante do Tempo foi sem duvida nenhuma, o melhor livro que li esse ano – sem querer ofender aqueles outros maravilhosos que li esse ano. Audrey Niffenegger conseguiu transformar uma coisa complicada em algo bem simples de se entender. Entenda-me, viagem no tempo é algo bem complicado, pois qualquer coisa que você faz no passado, pode mudar todo o futuro e até acarretar a 3ª guerra mundial – como o próprio Henry diz em uma passagem.
A viajem no tempo para Henry é algo impossível de ser controlada, inesperada e é um peso em suas costas. A primeira vez que ele foi transportado ele tinha apenas 5 anos, e aquele tinha sido o melhor dia de sua vida. Ele perde a mãe algum tempo depois, em um acidente de carro. Esse fato é a chave para que ele viva a vida nas festas e sem se importar com nada.
Clare é, sem exceções, a minha personagem feminina preferida. Ela não é aquela totalmente idiota, mas também não é aquela fodona demais. Ela é uma mulher de verdade - #CharlieBrownJuniorFeelings. Ela passou a vida inteira vendo Henry ir e vir em sua vida. Desde os 6 anos ela recebe as visitas daquele homem que vem do futuro e que diz a conhecer lá.
A narração do livro foi um ponto forte. Você pode saber tudo do ponto de vista dos dois. Como Henry se sente quando percebe que vai ser transportado no tempo. Como Clare se sente a espera das visitas de Henry. Esse é o segundo livro que eu leio e que tem a narração desse jeito, entre os dois personagens principais, e tenho que dizer, ainda é meio difícil de se acostumar, mas não dificulta a leitura.
O livro é cheio de tiradas inteligentes, e te faz refletir se querer voltar no tempo para mudar o passado é mesmo o que você deseja. Você tem pode pensar que mudar aquilo que aconteceu pode ser bom. Mas que se mudar o passado, o futuro, aquele dia que foi tão bom para você, pode desaparecer.
Eu juro que esse foi o livro que mais me fez chorar esse ano. Foi tão bonito. A bastante tempo eu não acompanhava a vida e a morte de dois protagonistas em um livro mais maduro. Mas ler esse livro não significa que vou abandonar os meus bebês sobenaturais. Já tentou imaginar eu sem Percy Jackson? Não dá!
O que há de irresistível na criação artística - ou na criação de qualquer coisa, suponho - é o momento em que a idéia vaga e insubstancial se concretiza, vira coisa, uma substancia num mundo de substancias. Circe, Nimue, Ártemis, Atena, todas as velhas feiticeiras: elas devem ter conhecido a sensação quando transformavam meros homens em criaturas fabulosas, roubavam os segredos dos mágicos, distribuíam exércitos: ah, olhe, lá está ele, o objeto novo. Chame de porco, guerra, loureiro. Chame de arte. A mágica que posso fazer é mágica pequena agora, mágica adiada. Todos os dias, eu trabalho, mas nada se materializa nunca. Me sinto como Penélope, tecendo e desmanchando.
A Mulher do Viajante No Tempo – Audrey Niffenegger. Pagina 242
PS.: Querida Stefanie, por favor, não roube o meu livro :D
Você é horrível Tijo.
ResponderExcluirEu vou ir na sua casa, sim, e roubar seu livro!
OMG, eu quero muuuuuuuuito ler ele! E agora depois dessa resenha!
Beijos, Stefie Ferreira
~Na Minha Estante
Eu qroooo!
ResponderExcluirAmei demais a resenha! Agora esse livro vai direto para minha lista de desejados e na primeira oportunidade, eu compro!
Bjo
Pri
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