26 de maio de 2011

[Resenha] Os Instrumentos Mortais #2 - Cidade das Cinzas - Cassandra Clare

Aquele momento desesperador quando uma das melhores autoras da sua vida te dá um ataque do coração sem dó nem pena... Bem, é isso que Cassandra Clare tenta fazer em você todo o Cidade das Cinzas, e eu agradeço por ter sobrevivido.

Cidade das Cinzas, por Cassandra Clare
Editora Galera Record
406 paginas
Minha Nota: 4,5

Sinopse: No mundo dos Caçadores de Sombras, ninguém está seguro. E agora que Clary descobriu fazer parte do perigoso Submundo, sua vida nunca mais será a mesma. Jace, seu recém-descoberto irmão, está cada vez mais impossível, e não parece medir esforços para enfurecer a todos. E sua atitude de bad boy não ajuda em nada quando, após o roubo do segundo dos Instrumentos Mortais, a Inquisidora aparece no Instituto para interrogá-lo... Agora Jace é suspeito de ajudar o pai, o perverso Valentim, num plano que vai colocar em risco não só Idris ou o Submundo, mas toda a cidade de Nova York. E Clary não pode deixar de se perguntar: será que as ironias de Jace são só uma forma de chamar atenção, ou também pode haver uma traição por trás de tanto mistério?

Quando comecei a ler Cidade das Cinzas, e antes ainda, eu havia dito a mim mesma que leria mais rápido do que li Cidade dos Ossos. Demorei mais de 1 semana para ler Cidade dos Ossos, e quando demoro demais para ler um livro fico desesperada, bem, são loucuras dessa leitora que não podem ser explicadas. Mas dessa vez, eu poderia ter terminado esse livro domingo, mas apenas terminei hoje por que queria enrolar mais um pouco. Mais uma vez, vai me entender...

Em Cidade das Cinzas, as coisas estão um pouco diferentes. Clary está incondicionalmente envolvida com o mundo dos Caçadores de Sombras, e não tem mais volta. A vida antiga dela se foi para sempre. Sua mãe continua em coma, Simon começa a ter algumas reações estranhas, e Jace está mais atrevido que nunca. Em Cidade das Cinzas vemos um ar de pré-guerra, como se a gente tem que estar preparados, pois pode ser a ultima vez que essa “paz” pode acontecer.

Mas quem rouba a cena mesmo é Valentim. Muitas vezes me vi comparando-o com Voldemort. Acho meio impossível não fazer essa comparação, por causa do Ciclo e por ele está sempre tentando trazer o Jace para o lado dele. Mas eu cheguei a conclusão que não são tão parecidos assim. Valentim dá a escolha as pessoas, Voldemort a obriga. Mas isso não significa que eu goste de Valentim. Ele é um ótimo vilão, mas eu não gosto dele.

Cidade das Cinzas se tornou para mim o melhor da serie. Sem aquela coisa de os personagens ter de explicar tudo para você se acostumar com o cenário, e a Clary está bem mais corajosa agora. E eu quase não me agüento para esperar Cidade de Vidro, aquele final, meu Deus, quase me matou do coração. Espero que Cassandra Clare não queira me dar outro ataque cardíaco em Cidade de Vidro, pois acho que dá próxima vez eu não resisto.



Quotes

[...] disse Alec entredentes. – Só porque você disse que os demônios dragões estavam extintos...

- Eu disse praticamente extintos.

Alec apontou o dedo para ele.

- Praticamente extintos – repetiu, a voz tremendo de raiva – não é EXTINTOS O SUFICIENTE.

- Entendi – disse Jace. – Vou pedir para corrigirem a parte do livro que diz “praticamente extintos” para “não extintos para Alec. Ele prefere os monstros muito, muito extintos”. Assim você vai ficar mais feliz?

Paginas 19/20 – Capitulo 1

***

Alec olhou para ela e balançou a cabeça.

- Como você consegue nunca se sujar?

Isabelle deu de ombros filosoficamente.

- Tenho o coração puro. Isso repele a lama.

Jace riu tão alto que ela olhou para ele com a testa franzida. Ele balançou os dedos sujos de lama para ela. As unhas eram luas crescentes pretas.

- Imundo por dentro e por fora.

Pagina 20 – Capitulo 1

***

- Não quero ser homem – disse Jace. – Quero ser movido a angustia adolescente, sem conseguir confrontar os próprios demônios internos e descontando tudo verbalmente nos outros.

- Bem – disse Luke –, nisso você está se saindo muito bem.

Pagina 51 – Capitulo 2

***

Nem tudo o que Jace fazia era insano ou suicida, ela lembrou a sim mesma. Apenas parecia ser.

Pagina 52 – Capitulo 2

***

- Não há fúria maior do que a de uma mulher ferida.

Pagina 66 – Capitulo 3

***

- Mas foi Valentim. Eu o vi. Alias, ele estava com a Espada quando foi até a cela e me provocou pelas grades. Foi como um filme ruim, exceto pelo fato de ele não ter ficado enrolando o bigode com os dedos.

Pagina 119 – Capitulo 7

***

- Mesmo assim, é incrivelmente conveniente para você. E para ele, que não vai ter que se preocupar que você revele seus segredos.

- É – disse Jace –, ele está morrendo de medo que eu conte para todo mundo que ele sempre quis ser bailarina.

Pagina 120 – Capitulo 7

***

- Isso parece roubo, não? – Simon puxou um copo para si. Tirou a tampa. – Hum... Mochaccino. – Ele olhou para Magnus. – Você pagou por isso?

- Claro – disse Magnus enquanto Jace e Alec riam silenciosamente. – Faço notas de dólar aparecerem magicamente na caixa registradora deles.

- Serio?

- Não. Mas você pode fingir que sim se fizer com que se sinta melhor.

Pagina 133 – Capitulo 8

***

Isabelle estava sentada nele, olhando para o lago. Parecia uma princesa em um conto de fadas, esperando no alto da torre que alguém se aproximasse para resgatá-la.

Não que Isabelle tivesse um comportamento que de alguma forma lembrasse uma princessa tradicional. Com seu chicote, suas botas e suas facas faria picadinho de qualquer um que tentasse prendê-la em uma torre, construiria uma ponte com os restos e caminharia despreocupada de volta para a sua liberdade, e o tempo todo com o cabelo maravilhoso.

Pagina 143 – Capitulo 8

***

- A mamãe e o papai não vão gostar nem um pouco, se descobrirem.

- Que você libertou um possível criminoso trocando-o pelo irmão com um feiticeiro que parece um Sonic gay e se veste como o Pegador de Crianças de O calhambeque mágico? – perguntou Simon. – Provavelmente não.

Pagina 144 – Capitulo 8

***

- Ele está machucando. Não tem escolha – disse Clary. Ela estava balançando a cabeça. – É assim que tudo tem sido ultimamente. Ninguém tem escolha, nunca. – Maia gritou novamente e Clary agarrou a borda da pia como se ela própria estivesse com dor. – Odeio isso! – irritou-se. – Odeio tudo isso! Viver assustada, caçada, sempre imaginando quem vai se machucar em seguida. Gostaria de poder voltar para o que era antes.

Pagina 211 – Capitulo 12

***

- Você tem alguma aranha em algum lugar?

Luke pareceu exasperado.

- Por que eu teria uma aranha? Pareço alguém que coleciona aranhas?

- Sem querer ofender – disse Jace –, mas parece.

Pagina 262 – Capitulo 14

4 comentários:

  1. Adoro toda a serie Instrumentos Mortais. Cassandra Clare construiu personagens incríveis, não tem como não rir com esses diálogos. Já li os tres, o segundo é melhor que o primeiro e o terceiro é o melhor de todos.

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  2. Olá,

    Estou aqui para te convidar a participar de um Book Tour que estou organizando lá no blog. Comecei um projeto para ajudar a divulgar os autores nacionais e seria muito legal se você pudesse participar. O link do post é: http://migre.me/4Es2n

    HUGS =D!!!
    #BlogEP

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  3. Eu fiquei rindo com o seu comentário inicial.
    Contando com o fato de que a Cassandra Claire é uma grande fã de Harry Potter e escreveu uma das fanfics mais famosas de todos os tempos sobre o assunto, não me adimira que Valentim e Voldemort sejam "aproximados".
    Seus quotes foram magnificos!

    Escolheu-os muito bem. Ainda não li Cidade das Cinzas, ele tá aqui me olhando. Mas minha vontade de pular com ele na frente dos outros está enooorme agora!
    XDD
    Otimo post!

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  4. Eu quero muito ler a séria, acho que os próximos livros que lerei serão estes!

    lireliegostei.blogspot.com

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