Caso vocês não saibam, um dos meus maiores desejos é ser livre. Não que eu esteja livre, mas eu gostaria de fazer tudo o que quiser sem dar satisfações a ninguém, sair por aí com vontade de mudar a vida, ou seja, eu gostaria muito de ser maior de idade. Já pensei em fugir de casa, mas para isso eu precisaria de bastante dinheiro e um jeito de viver sem os pais, algo que ainda não tenho.
Tenho certeza que eu não sou a única que um dia já desejou isso. Mas infelizmente, eu ainda vou ter que esperar mais uns 5 anos e meio para que esse desejo seja atendido. E é isso que levou a Bruna Surfistinha a sair de casa e ter a vida que teve.
Bruna Surfistinha, direção de Marcus Baldine
Elenco: Deborah Secco, Drica Moraes, Cássio Gabus Mendes e Cristina Lago
131 minutos
Minha Nota: 3,5
É bem raro eu ver algum filme, mas num dia de descontração com os amigos a gente pegou o computador deles e começamos a ver. Em Bruna Surfistinha, Deborah Secco é Raquel Pacheco – que um dia será Bruna, e só depois a Surfistinha – uma garota que foi adotada e que sofre por não ser a garotinha que os pais queriam que ela fosse. E depois de sofrer bullying na escola – de um jeito que até eu não suportaria – ela foge de casa para se tornar o que todo mundo sabe que ela se tornou: uma Prostituta.
Acho que antes de tudo, esse filme foi feito para que as pessoas pudessem parar de olhar as prostituas com nojo, pois elas têm historias e um motivo para ter chegado aonde chegou.
Raquel – agora Bruna – começa a vida em uma casa de prostituição, e lá é que ela conhece a minha personagem preferida do filme, a Gabi, que tem como sonho se tornar estilista. Mas depois que começa a se drogar e Larissa – a cafetina do lugar, se pudermos chamá-la assim – descobre ela é mandada para rua. E tem que recomeçar.
O filme é bom. Claro que não é aquele filme que você vai ver com a família, mas se você já não é aquela criança que se espanta com certas coisas é um bom filme. Bons atores, boa historia, boa trilha sonora. Mas mesmo assim ainda não mereceu uma nota melhor que 3,5.
Nem o livro, nem o filme da Bruna Surfistinha me chamaram a atenção. Não gosto da Debora Secco e amigos que leram O Doce Venono do Escorpião disseram que é um livro desnecessário.
ResponderExcluirMas entendo a vontade de fugir. Eu já a tive muitas vezes. Primeiro com meus pais, depois com o namorado, os amigos, a faculdade, o trabalho.
Meu conselho é: Você não conseguirá evitar ter de dar satisfação, então encontre uma forma de viver em que gostará de fazê-lo.
A dificuldade está em conseguir viver consigo mesmo.
^^
Super Beijo!