17 de outubro de 2011

[Resenha] Invasora: A Convocação - J. S. Dalmolin

Eu acho que Crepúsculo não despertou só a mania por vampiros. Caso não tenham percebido, a escrita de Stephenie Meyer é do estilo romântico, por isso muita gente não gosta, mas há aqueles que amam. Acho que por mais que a mania por vampiros tenha vindo bem forte depois dos 4 livros dessa serie, muita gente passou a gostar mais desse estilo de escrita, romântico. E então não é tanta surpresa que a gente veja por aí alguns livros pós-crepúsculo com esse mesmo estilo de escrita.

Invasora: A Convocação, por J. S. Dalmolin
Editora Novo Seculo (pelo Selo Novos Talentos da Literatura Brasileira)
343 páginas
Minha Nota: 2

Sammy é uma garota como qualquer outra. Ela ainda está superando a separação dos pais e a mudança de humor de sua mãe por conta disso. Enquanto andava de bicicleta ela é atropelada e quando acorda não está mais no século XXI. Ela está no século XVI agora e não vê idéia de como chegou ali.

Ian, quem a encontrou quando chegou a seu castelo, a toma por sua proteção e logo os dois criam um grande laço e o inicio de uma grande paixão está para acontecer. Mas os dois querem respostas, o que exatamente ela é? Como chegou ali? Como voltar ao seu presente? Atrás de respostas, Sammy foge atrás do castelo Flytower, onde supostamente ela poderá ter suas respostas. Mas ela não vai escapar de Ian tão facilmente, ele vai atrás dela e junto com seus amigos eles iniciam essa jornada, descobrindo cada vez mais sobre o outro.

Sammy é uma personagem legal, mas uma coisa que sempre tem em alguns livros com um toque sobrenatural é a forma como é fácil para a personagem aceitar aquela nova perspectiva. E o mais chocante é que ela não simplesmente descobriu que seres que deviam estar em contos de fadas existem, mas ela voltou ao passado vários séculos. Devia ter demorado mais para se adaptar, mas mesmo assim, eu gosto que ela é uma personagem bem forte e é melhor ser forte do que ser aquela que só reclama.

Ian já é aquele cara que a gente quer ter um exemplar para si. Protetor, bonito, romântico e do século XVI. Precisa demais? Agora se Sammy é uma garota forte, Ian já é mais inseguro. Ele vive com medo de ela descobrir o seu segredo e não aceitá-lo. Aquele mesmo drama de Edward Cullen, por isso aquela grande comparação no inicio da resenha. Mesmo com esses defeitos, foi até fácil gostar deles.

Agora vem a parte difícil. Quem viu a nota percebe que não foi isso tudo. Assumo que o livro tem uma historia ótima. Pessoas que podem voltar no tempo! É uma das coisas que eu mais desejei poder fazer. E tudo ambientado no século XVI também ajuda muito a dar aquele ar de mistério. Mas parece que a autora pecou muito na hora de por a idéia todo no papel. Ela fez tudo rápido demais. Eu indicaria que ela revisasse o livro, adicionar algumas coisas, fazer com que a historia te prenda, não que ela te faça implorar por acabar logo. Eu sei que devemos prestigiar novos autores brasileiros, mas ninguém quer que a gente goste de livros que precisam de melhoras, certo?

A coisa que eu mais gostei nesse livro foi a capa. Simples, em tons de preto e roxo, mas encantadora. Os relógios, o vilarejo do século XVI e os prédios de uma grande cidade do século XXI tem tudo haver com a historia. A editora também não pecou na revisão, não encontrei tantos erros – creio que foi nenhum, na verdade – e a divisão de capítulos estavam ótimos. Então o problema mesmo foi com a escrita da autora. Uma pena, afinal.

Então é como eu disse no skoob, o livro tem uma historia boa, bons personagens e tudo para ser perfeito. Mas não foi. Acho que a autora poderia caprichar mais. Foi um livro bom afinal, mas ela bem que poderia pegar ele, reescrever, dar uma revisão nova e se tornar o novo fenômeno brasileiro. Espero que o segundo dessa serie seja melhor um pouco.

10 de outubro de 2011

[Resenha] Just Listen - Sarah Dessen

Musica. Não há coisa melhor no mundo. Seja qualquer estilo, se for algo que você goste, ela é capaz de mudar o mundo. Te tranqüilizar, te fazer apaixonar, te fazer sorrir, te fazer compreender. Não importa o que for, ela tem poder sobre nós. E ela as vezes é capaz de falar por nós, e é por isso que eu sempre estou ouvindo musica. Porque eu gosto de apenas ouvir.

Just Listen, por Sarah Dessen
Editora Penguin Young Readers Group
400 páginas
Minha Nota: 5

Bem, como falar sobre esse livro? De todas as pessoas com quem conversei enquanto lia eu nunca consegui explicar a historia por mim mesma, sempre tive de ir atrás de uma sinopse por julgar que não conseguiria resumir tudo direito, mas agora eu vou ter o prazer de dizer com minhas próprias palavras o que esse livro nos mostra. Annabel Greene tem 16 anos e é a caçula de 3 irmãs. Quando eram novas ela e as irmãs sempre trabalharam como modelo, mas agora apenas Annabel faz isso, mas ela trabalha pela mãe, que gosta mais daquilo do que ela mesma.

Annabel passou todo o verão se isolando depois de ser pega com o namorado da melhor amiga, mas ela guarda um segredo sobre aquela noite, um segredo que ela não consegue contar nem para si. E agora ela não tem mais amigos, ninguém na escola olha para ela, e as amigas deixam claro que pensam que ela é uma vadia.

 Então ela começa a passar o horário de almoço encostada no muro, onde a alguns metros de si sempre está Owen Armstrong. Um cara grande, de 1 metro e 90 e com muitos músculos sempre acompanhado de seu inseparável Ipod. E ele um cara que parece ser inatingível e distante se mostra realmente diferente quando é o único ao estender a mão para Annabel.

Ele se mostra um cara sincero, que nunca fala mentiras, que usa a musica para tudo, pois “o silencio pode ser ensurdecedor”. E está certo que pode mostrar isso para Annabel também. E é assim que os dois começam essa amizade.

Annabel muito se parece comigo. Não gosta de ver as pessoas com raiva, sempre gentil, e prefere mentir a dizer a verdade se isso pode desencadear a fúria de alguém. E essa preferência a guardar segredos foi o que mais me fez sentir como ela, apesar de eu ser uma bomba relógio que parece que vai explodir a cada segundo. E percebi que eu talvez fizesse a mesma coisa caso passasse por algo como o que ela passou, e chegar a essa conclusão, me assusta um pouco, pois eu sei que não é o melhor a fazer.

Owen realmente é um cara que eu gostei muito. Adoraria ter umas aulas sobre musica com ele, conhecer melhor musica eletrônica – não, não são musicas como Black Eyed Peas ou David Guetta, é algo completamente diferente – e ainda ficaria bastante feliz de poder ouvir musicas de torneira pingando. Ele está sempre controlando seus nervos e acho que isso seria uma boa para mim também, como já disse, eu pareço uma bomba relógio.

Eu gostei muito de como o livro fluiu. A leitura é fácil, terminei em apenas 3 dias, e eu comecei ele achando que ou terminaria só quarta-feira ou então o abandonaria. Realmente compreendi porque as pessoas gostam muito do que Sarah escreve. É um livro leve, e mesmo assuntos tensos são tratados com naturalidade ali. Então eu nem hesitei ao dar 5 para esse livro, e não é porque eu sempre sou boazinha com a nota dos livros, mas porque eu gostei de verdade.

Just Listen já foi lançado no Brasil com o titulo de Just Listen – A Garota Que Esconde Um Segredo. Não gostei desse subtítulo, mas manter o titulo em inglês é sempre uma boa tática. O livro foi lançado pela Farol a alguns meses atrás, então você pode encontrá-lo em qualquer livraria facilmente.

Termino essa resenha com as palavras de Owen, que com certeza é o maior concelho que eu já ouvi:

“Não pense nem julgue, apenas ouça”

[Meme] Book Blogger Hop #30


O Books Blogger Hop é a adaptação do Murphy's Library de um meme americano de mesmo nome. Esse meme tem em mente a interação entre blogs, onde a gente pode conhecer outros blogs e dar a devida atenção a eles. Toda sexta eles colocam uma nova pergunta e os blogs participantes respondem.


Eu peço mil perdões por ter "abandonado" o blog, mas ando meio distraída, e a leitura anda pouco fluente, mas tudo indica que estou começando a voltar no ritmo. Todos esperamos isso não é? Espero que estejam todos bem e prontos para aproveitar o feriado, pois eu realmente estou afim de ficar sem fazer nada todo dia.

  • Qual você acha que será a nova febre literária, depois de bruxos, lobisomens, vampiros, anjos e fadas?
Fadas nem foi uma febre muito forte quanto as dos bruxos, vampiros e anjos, mas mesmo assim, o que está sendo a promessa são distópicos. De repente o mundo literário estava lotado de livro futurísticos falando de um governo opressor e uma turma menos prestigiada se unindo para mudar isso. E não vou negar, eu adoro distópicos.

E você o que acha? Responda e deixe nos comentários.
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